Depois de seis anos de namoro, me vi solteira. Nos
primeiros meses eram só baladas e “novidades”. Passados os dois primeiros meses
começam os altos e baixos, a carência e a vontade de dormir de conchinha. Um
ano se passa e finalmente, surge alguém “especial” que chega e faz um vendaval.
Muda minha rotina, hábitos, comportamento, gostos, tudo para melhor e me
encanta. Mas considero tudo sob controle, ele pode ir embora a qualquer momento
que, apesar de me fazer bem, não é amor. Ou era?
Eis que levo um pé na bunda, o primeiro da minha vida e
talvez inesquecível, por alguns momentos parece até incurável. Agora percebo o
que ouvi meus amigos falarem, eu não tinha o controle. Meses depois eu ainda
não sabia se era saudade dos bons momentos e risadas, do bem que me fazia, dos
carinhos ou das mudanças. Será que é apego? Ou o pior, amor. Enfim, não
interessava mais o que era, eu só queria superar o nome, o cheiro e o
saudosismo. Era a hora de deixar ir, desapegar, esquecer. Deixar chegar gente
nova, aproveitar oportunidades e ser feliz.
No momento em que não pensar no dito-cujo já era difícil,
surgiam diariamente postagens no facebook, instagram, curtidas. Para tudo,
quero abstrair ele do meu mundo, para de me seguir e curtir minhas coisas, por
favor? Eu não podia mais conviver com a existência dele, mas tinha que
aprender, definitivamente era hora de superar. Foi então que coloquei na cabeça
que deveria tomar alguma atitude, mas ainda não sabia qual seria e o destino
tratou de cuidar disso.
Já havia escutado falar de um livro chamado “Não se apega
não” e só pelo nome já sentia a necessidade de ler. Há meses não tinha tempo e
vontade de ler algum livro, apesar de adorar livrarias e seus produtos.
Numa manhã despretensiosa, tive que ir a um shopping e depois de fazer o que
precisava, com tempo livre, passei em frente a uma livraria, passei
direto. Mas algo me fez voltar, o tal livro na vitrine e ao seu lado um outro
que eu já desejava há algum tempo, “Um sorriso ou dois”.
Entrei, olhei alguns livros, vi outra “paixão” o agora
popular “Eu me chamo Antônio” e não cogitei outras opções. Ali planejei, vou
ler o “Não se apega não” como uma sessão do desapego e depois para me
autoafirmar e pensar nas próximas conquistas e felicidades da vida, “Um sorriso
ou dois” do meu já conhecido e querido Frederico Elboni. Com toda minha falta
de tempo, lia cada segundo que podia: comendo, no banheiro, no ônibus até
perder o ponto, nos minutos que antecediam a entrada no trabalho, no intervalo,
antes de dormir. Sempre, sempre que podia. Resultado, devorei cada um em uma
semana.
Resultado final, com a Isabela Freitas na minha sessão do
desapego vi que o que o fato de todos os homens serem iguais faz com que todas
nós, mulheres passemos pelas mesmas situações e assim, podemos nos ajudar e
aprender umas com as outras. Essa confusão e apego é super comum e passa, é
necessário e como diz em um trecho do livro, “não adianta tentar segurar as
pessoas na nossa vida. Se elas precisam ir, deixe que vão”. Já com Fred,
querido e íntimo (só ele não sabe), aprendi pequenas e importantes lições que
apesar de parecerem comuns a todas, a interpretação de cada uma influência
bastante no resultado (percebi isso conversando com outras amigas que o leram).
Ah! Adorei o capítulo sobre “o charme dos cabelos curtos” e confesso, me
surpreendi com Fred!
Por fim descobri que quando se quer algo de verdade, se
arruma tempo para fazê-lo. E que sim, um (ou dois) livros pode mudar sua vida.
Hoje Isabela e Fred tem um cantinho só deles na minha estante de livro e
inauguraram o espaço dos livros que mudaram meu caminho. Valem muito a pena
recomendo para ontem!
Por: Stephany Muzi














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