The Raven
Vivemos insanamente aventuras incalculáveis nas mais diversas páginas dos livros que encontramos. Absorvemos características, tomamos como exemplos, nos apaixonamos perdidamente por personagens fictícios e histórias mirabolantes. Existem aqueles que vão além, trazendo a obra para o real transformando em insanidade existencial o que deveria ser fantasia. Que os contos maquiavélicos de Edgar Allan Poe tirem o nosso folego da melhor forma possível, apenas isso, pois não queremos que assassinatos tão complexos ocorram realmente.
Dica da semana...
A arte costuma caminhar para além do tempo, inspirando e gerando novas obras por gerações. As diversas percepções do mesmo ângulo geram resultados surpreendentes, benéficos e maléficos, tudo dependendo da visão do artista que cria e da compreensão do público que recebe. Edgar Allan Poe se encontra a beira da falência por não conseguir mais produzir prestigiados contos. Atarantado, o mesmo busca freneticamente publicar alguma coisa que lhe renda lucros garantindo novamente prestígios. Em meio a busca pelo sucesso, uma onda de crimes começa a ocorrer na cidade, com bastante semelhança nos contos de Edgar, cada um mais cruel que o outro. Na busca pelo criminoso, o detetive Emmet entra em acordo com Edgar para solucionar as dicas deixadas pelo assassino que raptou a amada do jovem escritor, buscando desafiar a inteligência do artista em um duelo doentio.
Para quem já conferiu... (Contém Spoilers)
O Corvo é um filme que traz certas lembranças do famoso “Sherlock Holmes”, sendo diferente em humor ou intensos momentos de ação encontrados facilmente nos filmes do famoso detetive. Aplicando um vocabulário mais rebuscado e atitudes mais comuns nas tentativas de batalhas contra o criminoso, “O Corvo” acaba sendo uma boa escolha para quem gosta do tema investigação e Serial Killers. São tantos pontos que o longa poderia ir além, em forma de série ou algo bem mais complexo. Histórias não faltam para uma boa adaptação.
A licença poética corre solta, várias obras são citadas criando um caso só, por sinal a mescla destes contos geram curiosidades sobre os títulos originais completos. O longa pode ser um grande convite para o público conhecer as obras de Edgar Allan Poe.
O começo e o fim se completam, apesar do filme iniciar informando sobre a morte do escritor, ninguém imagina que o mesmo venha a óbito como desfecho final. Interessante pegar o mistério da morte do escritor para gerar um enredo fictício com sentido esclarecedor.
Algumas críticas são fortemente apontadas, como a falta de valor intelectual da população que gera em Edgar sentimentos de ódio e desprezo pela falta de cultura da sociedade. As indignações provem da falta de leitura das pessoas que decepcionam pela lastimável condição.
O jeito de cortejar, a maestria do uso das palavras nos diálogos e escritas, as respostas rápidas e bem colocadas. O vocabulário do filme é bastante interessante, agrega um certo charme e valor a obra, literatura viva, encantamento constante. Os pequenos detalhes trazem toda emoção das investigações que nos fazem se sentir intensamente vivos.
Fãs loucos são um tema bem comum, nesse caso não foi muito diferente, mas deu para criar uma boa história que cativa o público até o último minuto sem cansar. Fora o enredo discreto que não levanta suspeitas sobre o real assassino. Ato desesperado do criminoso para sentir mais uma vez a genialidade de Edgar, certo ou não, o mesmo consegui arrancar uma esplendida obra que lhe arrancou lagrimas de emoção. Filme interessante, com um certo diferencial em composição, excelente dica para quem deseja prestigiar os mistérios das investigações criminais.
Informações:
Direção: James McTeigue
Elenco: John Cusack – Luke Evans – Alice Eve – (...)
Género: Suspense
Espanha – Hungria – EUA – 2012 (1h51min)
Trailer:
Cenas do Filme:
Hélio Masters
Jovem estudante de publicidade e propaganda que se entrega aos diversos estilos buscando compreender a arte de viver.
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