Simon
Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de
seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio
para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para
suas filhas.
Simon,
porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das
garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível.
É
quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.
Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que
se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de
qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem
como uma boa amiga.
A
ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele
conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários
pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem
deve ter mais atrativos do que aparenta.
Mas, à medida que a farsa dos dois se
desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada
vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora
ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador
inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.
Romance de Época (Com conteúdo adulto)
Classificação: 5/5
O Duque e Eu é o
primeiro volume entre oito livros que narram às aventuras da grande e amorosa
Família Bridgerton. Sendo ela
composta por oito irmãos, a série conta com uma obra para cada um deles não em
ordem de nascimento, mas de acontecimento particular a cada um deles, apresentando-nos
assim toda a família, que são: Anthony,
Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth.
A leitura em ordem é importante para evitar
pequenos spoilers, e ter maior absorção da historia, e das características que compõe a família e cada um de
seus personagens e agregados. Principalmente pelo fato de “como família unida”
é comum os irmãos participarem leia-se intrometerem nas histórias
uns dos outros.
Nesse primeiro livro conhecemos a história de Daphne, a irmã mais velha entre as moças
da casa, porém o que acontece de fato é que mergulhamos na rotina dessa
família, nas façanhas e artimanhas desses jovens, na grandiosidade do amor que
os une, e principalmente, somos tocados pelas descrições rotineiras e
verdadeiramente familiares, como o amor de uma mãe protetora e cuidadosa e a
amizade e cumplicidade nutrida entre esses irmãos.
O auge dessa
historia é situado na alta sociedade londrina, na época dos grandes
bailes, mães perseguidoras e casamenteiras,
cheios de convenções sociais que ditam e definem o comportamento das pessoas; essa
trama abusa de romances inimagináveis, de forma doce e muito muito mais muito bem-humorada,
capaz de emocionar e tocar o coração do leitor.
Em meio a tantas regras sociais e comportamentais,
comuns ao período descrito, conhecemos Simon,
o duque de Hastings, grande amigo de Anthony
que retorna para Londres depois de vários anos viajando pelo mundo. Um rapaz
cheio de complexos familiares, e com lembranças dolorosas, e consequências de
forma negativa na sua visão de futuro. Algo que me lembrou Christian Grey, no quesito psicologicamente falando. Nessa busca de
fugir do passado, e também de um futuro indesejado, ele vê em Daphne a solução
para os seus problemas, resolvendo ajudá-la, e consequentemente se ajudar
também, estabelecendo um cortejo de aparências.
Daphne, que por sua vez, destaca-se por sua personalidade
forte e alegre, principalmente pelo fato de ser a mais velha das irmãs, e por
mesmo sendo donzela, por conta da diferença de idade ela conviveu tempo
suficiente com seus irmãos mais velhos para saber ser uma boa ouvinte. Outra
coisa que a diferencia das demais é que ela não disponha de afetações e
afeminações da época e como ela mesma já ouviu de diversos rapazes, distinta de todas as outras raparigas da
época. O que talvez seja a causa de ela sempre ser vista como uma boa amiga, e
quase nunca como uma boa pretendente.
Esse acordo entre A Daphne e o Duque daria a eles
por um lado a distancia das mães famintas em casar as filhas e a impressão de disputa
entre os rapazes por uma moça cortejada por um Duque. Uma ideia perfeita, não é mesmo? Talvez! Se
não fosse o caso de juntar duas pessoas com tamanha força de espírito com a
Daphne e Simon e espere que as coisas saiam como planejadas… seria simplesmente
IMPOSSÍVEL!
Uma das coisas que mais gostei dentro dessa
narrativa, além obvia dos toques de humor, e do sensual sem ser feio ou vulgar,
é que a escrita da Julia trás muito um ar familiar em cada verso. A força que
unir os Bridgertons, e o que faz cada um lutar pelo outro é inspirador. Além de
temos o trio
ABC (Anthony, Benedict e Colin) e Violet para dar um alívio na novela
mexicana. Embora seja um livro de época, a linguagem não é rebuscada, muito
pelo contrário, é bem acessível e dinâmica. Os personagens são bem construídos,
cada um com seus trejeitos e convicções e com perspectiva de crescimento indo
além do romance. Os personagens foram muito bem
desenvolvidos, e com o passar da história, nós só desejamos que eles pudessem
superar suas dores, medos e mágoas – especialmente o Simon. É difícil não se solidarizar por tudo que ele passou e todas
as cicatrizes que ele carrega em decorrência do passado. E mesmo Daphne
desejando curar tudo isso, não será tão fácil assim.
Outro ponto também maravilhoso é sem dúvida a enigmática
figura da Lady Whistledown e claro,
parecendo mais o Leo Dias, de forma
bondosa na antiga Londres.
O livro é especialmente envolvente em diversos
aspectos, principalmente como uma mocinha atua fora do esperado, como um irmão,
vira chefe de família e o amor que transforma mágoa em esperança, além de um
libertino transforma-se em um amoroso chefe de família.
Espero que vocês tenham gostado! Beijos e até a próxima!
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